sábado, 4 de abril de 2009

Objetividade

Na onda da descoberta do Twitter - coisa absolutamente desprovida de graça pra mim, que não vejo o que pode ser dito em apenas 140 caracteres e o que, por Deus, há de tão revolucionário nisso - resolvo por discutir algo que sempre me intrigou. A objetividade. Isso porque, com certeza, tenho objetivos de vida e vou atrás deles e tudo o mais, mas não consigo e não quero entender o sentido de um de seus derivados: a objetividade.
Objetividade (èt)s. f. 1. Qualidade de objetivo. 2.Existência real (da coisa que se concebeu no espírito). 3. Perfeição devida ao assunto se ter imposto ao talento do artista ou do literato.
Entendeu? Pois me explique. Poderia descrever ser objetivo como ir direto ao ponto, sem rodeios. Poderia dizer que ser objetivo é o contrário de ser subjetivo. Ajudou? Talvez ser objetivo,esteja muito além da minha compreensão. Talvez a objetividade seja dizer o que se pensa e, - isso é ser subjetivo. Mas, em meio a tantas reflexões filosóficas desinteressantes, o que mais irrita no negócio de "ser objetivo" é se esconder atras das aspas. Pensar que o que o outro pensa eu não posso pensar também. Ser fugitivo, escapista, irracional.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Metades


Toda a minha alegria, todo o meu entusiasmo foi levado pela chuva a meio caminho do Belmar Fidalgo. ah, poético, não? Pura verdade.
Comer meia barra de chocolate e tomar meio litro de Coca-cola não resolvem problemas. O certo é a gente arrancar tal dia do calendário e seguir em frente. Fazer fotos"meia-boca" não garante nada. Estar meio preocupado não é forma de agir. Agora tenho um projeto(il) e sou inteira dele. Quer ele fale de esportes, literatura ou dicas de beleza. Se vai ser fundo de jornal ou matéria de capa, só o editor decide. Se vai ser bem ou mal feito cabe a mim resolver. Se eu tiver de levantar seis da manhã, faço isso mesmo contra a vontade. Se precisar de assistência eu chamo a mãe. E assim vai. As desventuras de uma jornalista em formação, que tem mais sangue de jornalista do que devia. Que vê algo além do esporte no próprio esporte, que sabe reconhecer frases feitas, que fica feliz quando faz um bom trabalho e que sente um fracasso quando nao me deixam fazer. E aí, amigo, dá-lhe Coca-Cola e chocolate.

terça-feira, 24 de março de 2009

Rótulos


Todos os que se decidirem por ver esse blog devem ficar pensando "O que essa criatura quer com mais um blog?" Honestamente, eu não sei. Mas li esses dias que por mais que seja uma coisa que todo mundo vê, é antes, um exercício de auto-conhecimento. E olha que não pretendo fazer do meu blog um diário. Será - se é que é possível que eu diga isso - uma miscelânea das minhas formas de ver os mundos. Algo que deixe claro o que penso, como penso, e porque penso assim. Afinal, somos mesmo animais pensantes. Pera aí, desista das filosofias.
Existem rótulos. Os meus são dos mais variados. A corinthiana doente, a noveleira, a nerd, que ouve Roupa Nova, altera a voz por tudo e acha que está sempre certa. A futura jornalista que quer ser professora de inglês ou dona de sebo. O ser humano que defende até o último segundo suas ideias, que briga pelos seus direitos, mas que chora por qualquer bobagem. A derrubadora de coisas, "maria-terremoto", que adora filmes água-com-açúcar e músicas de antigamente. A cocólatra conhecida que "suga" o refrigerante alheio. A torcedora que acha que a Copa é capaz de mudar o mundo e acredita que vai ver Ronaldo. A menina que se realizou com um show no dia do aniversário. A "tia Aline" da Ana Laura, que às vezes é tão ausente. Enfim, eu mesma me rotulo. E nem todos os rótulos são ruins. Ou nem todos são verdadeiros. Tudo está na forma de ver (ou de cegar).